Buscapé

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pentagrama



Notação Musical

O que é um pentagrama musical?

Em música, os sons são representados graficamente por sinais conhecidos como notas. Por sua vez, esses nomes de notas não serão suficientemente complexos para representar o som, pois o nome da nota nos dá apenas uma das qualidades do som musical, deixando de lado outras como a duração da nota, o timbre a intensidade e etc… Esta forma de escrita da música recebe o nome de Notação Musical.

A Notação Musical mais comum é o Pentagrama Musical e, como o próprio nome já diz, o mesmo é composto por cinco linhas – e, consequentemente, por quatro espaços. O pentagrama pode ser também chamado de Pauta, ou Pauta Musical.



As linhas são contadas de baixo para cima. Nas linhas e nos espaços é que se escrevem as notas presentadas dos sons musicais. É nas linhas e nos espaços do pentagrama que escrevemos as notas musicais. De acordo com a posição da nota no pentagrama, saberemos se o som é agudo ou grave. Essa escrita se dá através de símbolos que chamamos de Figuras Musicais. Essas figuras musicais irão representar, além da altura, a duração das notas, como veremos mais adiante. Para o momento, o importante é termos em mente que nessas linhas e espaços iremos escrever os sons.

As linhas e espaços naturais da pauta não são suficientes para que possamos escrever todos os sonos, por esse motivo, podemos escrever além da pauta, tanto para baixo (sons mais graves) quanto para cima (sonos mais agudos). A isso damos os nomes de Linhas Suplementares Inferiores e Linhas Suplementares Superiores.

Por essa consequência, temos os Espaços Suplementares Inferiores e Superiores, que são escritos respectivamente abaixo e acima do Pentagrama Musical. O uso dessas Linhas e Espaços Suplementares não é limitado, contudo, não é costume utilizar mais de cinco delas.


Obs.: A numeração das linhas e espaços suplementares cresce ao se afastar da pauta.

Para se nomerar uma nota escrita no pentagrama é necessário uma referência, a qual damos o nome de Clave. Por enquanto, vamos nos limitar à Clave de Sol.


Nesta Clave, nosso referencial será a nota sol na 2ª linha. Nos espaços e nas linhas, ascendentes ou descendentes. Vamos de acordo com a ordem já mencionada nomear as notas sucessivamente.

Portanto teremos:






Nos artigos posteriores sobre teoria musical explicarei sobre as figuras musicais e os tipos de compassos, fique ligado! Espero que tenham entendido bem sobre o Pentagrama Musical ou simplesmente Pentagrama.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Classificação dos Compassos Musicais



Classificações dos compassos

Os compassos podem ser classificados de acordo com dois critérios: se levarmos em conta as notas que o compõem podemos dividi-los em simples e compostos. Se por outro lado considerarmos a métrica, eles podem ser binários, ternários, quaternários ou complexos.

Compasso simples

Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à duração determinada pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo um compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Os tipos mais comuns de compassos simples possuem 2 ou 4 no denominador (2/2, 2/4, 3/4 ou 4/4).


Compasso composto

Compasso composto é aquele em que cada unidade de tempo é subdividida em três notas, cuja duração é definida pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo, no compasso 6/8, o denominador indica que uma semibreve foi dividida em 8 partes (em colcheias) e o numerador indica quantas figuras preenchem o compasso, ou seja, o compasso é formado por 6 colcheias. No entanto a métrica deste compasso é binária, ou seja, dois pulsos por tempo. Por isso cada unidade de tempo não é uma colcheia, mas sim um grupo de três colcheias (ou uma semínima pontuada). Como cada pulso é composto de três notas, esse compasso é definido como composto. Obtém-se um compasso composto multiplicando um compasso simples pela fracção de 3/2 por exemplo: o compasso 2/4 é binário simples,(2/4)*(3/2)=6/8 que corresponde a um binário composto. 3/4 é ternário simples, (3/4)* (3/2) = 9/8 que corresponde a um ternário composto 4/4 é quaternário simples, (4/4)*(3/2)= 12/8 que corresponde a um quaternário composto.


Célula rítmica formada por dois tempos. O pulso é forte - fraco, ou seja, o primeiro tempo do compasso é forte e o segundo é fraco. Um ritmo binário pode ser simples ou composto. Exemplos de binários simples são os compassos 2/8, 2/4, 2/2. Alguns exemplos de binário composto são 6/4 6/8, 6/16, desde que haja divisão binária.

O ritmo binário é utilizado em marchas, em algumas composições música erudita e de jazz, além de muitos ritmos populares, tais como o frevo, baião, ska, samba, blues, polca, rumba fado, bossa nova, etc. Na forma composta, pode ser encontrado nos minutos e em muitos ritmos latinos.

Compasso ternário

Métrica formada por três tempos Também o ternário pode ser simples (por exemplo 3/4, 3/2) ou composto (como 9/8, 9/16, sempre em divisão ternária). Os principais ritmos a utilizar o ternário simples é a valsa e a guarânia. A forma composta é usada principalmente em danças medievais, na música erudita e no jazz.

Compasso quaternário

Compõe-se de quatro tempos. Pode ser formada pela aglomeração de dois binários, simples ou compostos. A aglomeração pode ser notada quando o primeiro tempo é acentuado, segundo e quarto são fracos e o terceiro tem intensidade intermediária.

São alguns exemplos de compasso quaternário simples 4/2, 4/4, 4/8, 4/16. De quaternários compostos, podemos citar 12/4, 12/8, 12/16.

Compasso complexo

Uma característica auditiva não nos permite realizar compassos acima de quatro tempos sem os contar nem subdividir em outros. Por isso, os compassos acima de 4 tempos apresentam sempre uma subdivisão interna em partes menores ou iguais a 4 tempos.

Alguns compositores utilizam compassos com métricas 5/4, 5/8, 7/8, 10/8, 11/8 e várias outras, trata-se sempre de aglomerações. No 5/4, por exemplo, trata-se da justaposição de um 2/4, seguido de um 3/4 (ou vice-versa). Outro exemplo é o 7/4 que pode se formar por um 4/4 e um 3/4 e assim por diante, de tantas maneiras quanto for possível dividir em unidades binárias, ternárias e quaternárias. Também pode-se dizer compasso irregular ou alternado.

É interessante notar que o que chamamos de compasso composto são justaposições de unidades ternárias.




Um interessante tipo de compasso complexo é a justaposição 3/X + 3/X + 2/X, formando um compasso teoricamente 8/X. Essa subdivisão é muito comum na música de todo o mundo ocidental e também de diversos outros povos (é a divisão utilizada, por exemplo, na rumba). Por ter um uso tão amplo, a grafia 8/X nas partituras deu lugar a grafias mais simples, relacionadas mais ao estilo de cada caso que à correção meticulosa da notação. Em alguns casos o que aparece na partitura é 2/4 (na verdade 3/16 +3/16 + 2/16); em outros, 4/4 (na verdade 3/8 + 3/8 + 2/8) ou 2/2 (igualmente, mas com divisão binária). O número superior indica o número de eventos que acontecem dentro do espaço.

Combinações de compassos complexos

Amplamente utilizado por bandas de rock progressivo, dão grande complexidade e unicidade às músicas. Exemplos: 4/4, 3/4 (dando a ideia de 7/4); 15/16, 4/4, 7/8, 19/16 (de maior complexidade); 6/8, 6/8, 6/8, 5/8; etc. Permitindo qualquer combinação de compassos, mesmo sendo apenas entre os mais simples, amplia-se a concepção de compassos não apenas como divisões facilitadoras, mas como unidades básicas de uma composição musical.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Vamos falar sobre Compassos



Compassos – Primeira Parte

O que define um ritmo são as batidas, lembra-se? Só para lembrar, o Rock costuma ter um batida forte seguida de três fracas; a valsa, por outro lado, tem uma batida forte seguida de duas fracas; as marchas costumam ter uma batida forte e uma fraca.

Essas batidas repetem-se continuamente durante a música. Para que saibamos qual é a batida forte e a fraca, nem sempre basta ouvir. Por exemplo, no começo deSun King, do Abbey Road, não há nenhum instrumento marcando o ritmo. Não há marcação, mas o ritmo está implícito. Repare: quando eles cantam "Here", é possível marcar quatro batidas. "Comes", três batidas e "the" uma. "Sun" e "King", mais quatro batidas. Por que conseguimos sentir o ritmo mesmo sem a marcação? Porque a música está dividida em compassos.

Um compasso é a reunião do número mínimo de batidas para definir um ritmo. Por exemplo, em uma valsa, o conjunto de uma batida forte seguida de duas batidas fracas são um compasso. Na marcha, cada batida forte seguida de uma fraca é um compasso.

Os tempos de um compasso não precisam ser marcados por algum instrumento. Outra coisa, essencial, O NÜMERO DE TEMPOS DE UM COMPASSO NÃO PRECISA SER O MESMO NÜMERO DE NOTAS! Quer um exemplo? Em "Sun King", a palavra "King" é cantada sobre uma só nota, que ocupa todo o compasso. Ou seja, enquanto tocamos essa nota, contamos as quatro batidas normais. Temos uma nota ocupando o compasso todo. No final da música, quando eles cantam "Mondo papparazzi mi amore de felice..." eles estão cantando oito notas, mas o compasso continua a ter quatro tempos, ou seja quatro batidas. No primeiro caso, as quatro batidas foram agrupadas em uma só nota. No segundo, as quatro batidas foram divididas em oito notas, isto é, a cada batida cantavam-se duas notas.

Por que dividir os compassos?

Para o músico saber qual acentuação dar à música. Quando falamos em acentuação, não estamos nos referindo à isto `~ ^, mas à batida forte de um compasso. As palavras não têm sílabas fortes e fracas – tônicas e átonas, como você aprendeu na 5ª série? A música também, um compasso tem batidas fortes e fracas, como falamos anteriormente. É justamente para saber qual deve ser a acentuação, isto é, quais as batidas fortes e fracas que a música é dividida em compassos.

Os compassos são classificados de acordo com o número de batidas (tempos):

Binários: tem duas batidas – uma forte e uma fraca;
Terciário: três - uma forte e duas fracas;
Quaternário: quatro - uma forte, uma fraca, uma menos forte e outra fraca

Como você viu, a primeira batida de um compasso sempre é forte. Indicamos no começo de uma partitura qual é o compasso que estaremos seguindo, especificando sempre quantos tempos, isto é, batidas, teremos por compasso. Mais uma vez: dizer que eu tenho três batidas em um compasso não quer dizer que eu tenho três notas.

Compassos II – O Retorno

Ouve-se frequentemente dizer: "ah, tal música está em 3 por 4". Que quer dizer isso? Uma parte nós sabemos decifrar: dizer que uma música está em três (ou dois, ou quatro, ou cinco, ou dez) por alguma coisa significa que o compasso terá três (ou dois, ou quatro, ou cinco, ou dez) batidas. Mas que raios quer dizer o quatro?

Muito bem... da mesma maneira que convencionou-se chamar as notas de Semibreve, mínima, etc., decidiu-se atribuir-lhes valores numéricos. Dessa maneira, convencionou-se que:

Temos aqui que, quando alguém fala em "3 por 4", sabemos que, nessa música, cada compasso terá 3 tempos. E, agora, sabemos que cada tempo será representado por uma semínima, ou seja, a nota que corresponde ao número 4. Isso mesmo, o número 3 é o número de batidas, o número 4 indica qual nota representa UMA batida. Logo, no compasso 3 por 4 (geralmente representado 3/4) teremos, no máximo, três semínimas por compasso.

Todavia, se fosse só isso, ficaria cansativo, por todos os compassos teriam que ter três semínimas. Mas, como vimos, isso não é necessário. Um compasso 3/4 não precisa TER três mínimas, mas o EQUIVALENTE à isso. Ora, desse modo, podemos ter uma mínima e uma semínima. Por quê? Porque duas semínimas valem uma mínima. Logo, se temos uma mínima e uma semínima temos 2+1 que resultam nos três tempos. (lembre-se, 2+1=3)

Neste momento você deve estar se perguntando: "hum, mas como eu vou saber se um compasso é 4 por 4, 4 por 8, 4 por 2, se eu só consigo contar – ouvindo – o número de batidas, sem saber qual a unidade que a representa?" A resposta é simples: dane-se. Pouco importa, ao ouvir, se uma música é 4/4, 4/8, 4/16 ou o demônio. O importante, por enquanto, é conseguir contar as 4 batidas do compasso. Mesmo porque não há diferença perceptível e, salvo chatos de plantão, a maior parte das músicas atualmente adota o formato alguma-coisa/4

Voltando ao exemplo de "Sun King": temos um compasso 4/4. Ou seja, em cada compasso teremos 4 batidas. Cada batida será representada por uma semínima. Nessa música temos um exemplo perfeito da soma e divisão dos tempos. No primeiro compasso, temos uma semibreve (que, como se lembram, vale 4 semínimas). Ocupa o compasso inteiro, pois é a reunião de quatro notas.

Mas, e se nossa intenção fosse preencher um compasso * com uma só nota? À priori (hahaha) veremos que é impossível, pois só conhecemos valores binários. Como fazê-lo?


Valores quebrados

Vimos que uma semibreve vale duas mínimas, que valem duas semínimas, etc... Mas são todos valores derivados do número dois.

Isso é fácil de resolver: para representarmos esses valores, basta colocar um ponto na frente da nota. Esse ponto, chamado Ponto de Aumento, aumenta a nota em metade do seu valor. Calma, eu explico.

Uma mínima não vale duas semínimas? Ok, então uma mínima pontuada vale uma mínima mais metade do seu valor, isto é, mais uma semínima.


Dessa forma, podemos preencher um compasso * com uma mínima pontuada, pois ela representa 3 tempos. Isso se aplica a todas as notas. Todas mesmo. Repare que interessante, uma regra sem exceções...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um pouco de Teoria



O que é música?

Música é a arte de combinar bem os sons e o tempo, ou ritmo.

Propriedades essenciais do SOM

Um som tem quatro propriedades essenciais:

1: Duração: tempo que sustenta um som;
2: Altura: significa considerar o grave e o agudo do som;
3: Intensidade:é o volume do som, e
4: Timbre: refere-se aos sons produzidos pelos diferentes instrumentos
musicais.

Observação: qualquer som tem duração, altura, intensidade e timbre.

É bom lembrar que somente um som musical tem as quatro propriedades essenciais.

Eis o momento daquela célebre pergunta: como toda essa teoria sobre ritmos, harmonias, andamentos e o demônio (?) pode ser passada para o papel?

Hum... eis uma questão difícil. Há toda uma história por trás do nosso sistema de notação musical, mas não vem ao caso agora. Buscamos aqui a praticidade, não a teoria excessiva.

Como é que se representa a fala humana? Quando quero representar o som "Pa" (de Palmeiras) uso dois sinais gráficos que representam esse som, o "p" e o "a". Veja que a escrita, por si só, já é a representação de sons. E quando eu quero representar uma música? Uso um procedimento semelhante, usando símbolos para representar um som.

Para representar a fala usamos 23 letras, cada uma correspondendo a um som.

Para representar a música usamos notas musicais. Quais são elas?






Esses sinais assustam qualquer um, mas basta saber usá-los e o medo desaparece. Cada uma dessas notas tem seu nome próprio:




Todas elas representam sons. Qual a diferença entre ela? O valor.

Um detalhe antes de continuarmos: pouco importa se a nota está com o colchete para cima ou para baixo. Na prática, isso é apenas questão de facilitar a leitura.

Valores

Quando falamos no valor de uma nota, estamos nos referindo à sua duração. Em música estamos sempre lidando com tempo (Einstein tocava violino, se é que isso é confortador...). Voltando ao assunto, é comum encontrar nos sacrossantos manuais musicais a seguinte definição: "Uma semibreve vale duas mínimas, uma mínima vale duas semínimas, etc...".

Isso quer dizer, na prática, que uma semibreve dura o mesmo tempo de duas mínimas. Uma mínima vale o mesmo tempo que duas semínimas, e assim por diante.
Ah, em música, quando falamos em tempo, podemos estar nos referindo à duas coisas: a duração (minutos, horas, segundos) ou às batidas (cada batida chama-se tempo).

Lembra aquela história de ritmo, andamento, etc? Pois bem, vamos aplicar as idéias que aprendemos. Por idiota que pareça o exercício que faremos, é útil para fixarmos conceitos.

Pegue um relógio, de preferência um que marque também os segundos. Acompanhe os segundos e bata as mãos uma vez por segundo. Está seguindo um ritmo, não está? Está. Agora, bata as mãos duas vezes por segundo. Tente bater as mãos 4 vezes por segundo.

Ótimo. O que aconteceu?

Repare que o número de batidas aumentou, mas o intervalo principal de tempo permaneceu o mesmo. E daí?

Ora, supondo que uma semibreve valha 1 segundo, (calma, logo veremos que esse valor varia de acordo com a vontade do compositor) ao bater as mãos uma vez por segundo, você descobriu uma semibreve. Ao bater duas vezes, viu a semibreve ser dividida em duas, ou seja, você bateu duas mínimas. Ao bater 4 vezes, a semibreve foi dividida em 4 – ou cada mínima foi dividia em duas.

Muito bem, agora que conhecemos as notas e seu valor, vamos ver como agrupá-las, de maneira a dar sentido a um pensamento musical. Da mesma maneira que o texto é agrupado em frases e parágrafos para se tornar compreensível, a música é dividida em compassos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Os primeiros passos!

   


O primeiro passo para o aprendizado musical é a Teoria Musical.

É como se fosse o alfabeto para uma criança que acabou de entrar na escola.

Começa aprendendo o  nome das notas e figuras musicais, para depois começar a ler as notinhas com rapidez, assim como a leitura do alfabeto.

"Música é a arte de manifestar diversos afetos de nossa alma mediante ao som."

Para termos música precisamos de:

SOM: A vibração que é sentida pelos nossos ouvidos.

RITMO: O movimento ordenado dos sons.

MELODIA: A sequência dos sons formando sentido.

HARMONIA: Sons simultâneos formando sentido.

Como Escrevemos as Notas Musicais?

Quando queremos escrever as palavras que falamos usamos as letras do alfabeto. Da mesma forma, escrevemos os sons musicais usando figuras chamadas notas musicais.

O lugar onde escrevemos as notas musicais recebe o nome de pauta ou pentagrama. Trata-se de um conjunto de cinco linhas e quatro espaços.


As notas musicais são sete e seus nomes são: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Elas são escritas nas linhas e nos espaços os quais são enumerados de baixo para cima. Cada uma recebe o nome de acordo com a sua altura e elas se repetem sucessivamente, de sete em sete.

A um conjunto de sete notas que estejam na mesma seqüência apresentada acima ou em ordem inversa damos o nome de escala. Uma escala pode começar por qualquer nota e não necessariamente pelo dó. Observe logo abaixo alguns exemplos de escala.

dó - ré - mi - fá - sol - lá - si                 fá - mi - ré - dó - si - lá - sol
mi - fá - sol - lá - si - dó - ré                 lá - sol - fá - mi - ré - dó - si
sol - lá - si - dó - ré - mi - fá                 ré - dó - si - lá - sol - fá - mi

Quando as notas são muito agudas ou muito graves para serem escritas no pentagrama utilizamos linhas e espaços suplementares, sendo que os mesmos são enumerados a partir do pentagrama.

Eles são chamados linhas e espaços suplementares superiores ou inferiores, dependendo da sua posição em relação ao pentagrama. Podemos colocar tantas linhas suplementares quantas forem necessárias, e não é raro utilizar-se até cinco delas.


Observe a figura abaixo e você verá como localizá-las no piano e também como elas são dispostas no pentagrama. Elas correspondem às teclas brancas do piano.



Vejamos com mais detalhes como localizar as notas musicais em um instrumento de teclado. Como você pode ver na figura acima, o teclado é composto por teclas brancas e pretas. Observando melhor, você verá que as teclas pretas estão subdivididas em grupos de duas e três. Observar a posição das teclas é essencial para identificarmos as notas. Veja a tecla branca ao lado esquerdo do grupo de duas teclas pretas: ela corresponde à nota dó. Veja a tecla branca ao lado esquerdo do grupo de três teclas pretas: ela corresponde à nota fá. A partir daí, podemos identificar todas as outras teclas. Esta regra vale para o piano, para o órgão, ou qualquer outro instrumento que tenha um teclado como esse.

Você deve ter observado ainda que a cada oito notas uma se repete. Ao intervalo entre uma determinada nota e a sua próxima repetição ou a sua repetição anterior damos o nome de oitava. Sendo assim, podemos dizer que uma nota sol está uma oitava abaixo da nota sol seguinte e uma oitava acima da nota sol anterior; uma nota mi está uma oitava abaixo da nota mi seguinte e uma oitava acima da nota mi anterior; e assim por diante.

As notas musicais são conhecidas pelo sinal que é colocado no início do pentagrama, o qual é denominado clave. Existem três claves: a clave de sol, a clave de fá e a clave de dó.


Elas têm tais nomes porque na linha ou no espaço onde elas estiverem escritas você sempre encontrará as notas sol, dó e fá, respectivamente.

Antigamente as claves eram escritas em diversas posições no pentagramas, sendo cada posição destinada a um uso específico. Por isso, se você achar alguma partitura muito antiga poderá até encontrar a clave de sol na primeira linha, ou a clave dó escrita na primeira ou segunda linhas, ou ainda a clave de fá escrita na terceira ou quinta linhas. Atualmente, porém, só se usam a clave de sol na segunda linha e a clave de fá na quarta linha. Embora seja pouco usada temos também a clave de dó no terceiro espaço, na terceira linha ou na quarta linha.

Na figura abaixo você poderá observar que a clave de sol determina a posição da nota sol. Uma vez sabendo a posição desta no pentagrama, poderemos localizar todas as outras. O mesmo se dá com a clave de fá, como demonstra a mesma figura. Observe que as notas mudam de posição, mas cada clave continua mostrando como localizá-las. Não importa o formato da nota, sua posição é que diz que nota é.



Todas as notas poderiam, teoricamente, ser escritas em qualquer uma das claves, porém, na prática, não seria possível ler a música com facilidade se escrevêssemos todas as notas em uma única clave. Haveriam tantas linhas suplementares para indicar as notas muito graves ou muito agudas que a leitura rápida da música seria impraticável. Usando claves diferentes, porém, torna-se mais fácil a leitura. Na figura abaixo você verá as mesmas notas escritas usando-se somente a clave de sol, a de fá e as duas simultaneamente.



Cada clave tem uma aplicação específica. A clave de sol é usadas para os sons agudos e parte dos sons médios ou as notas com altura equivalente à metade direita do piano. A clave de fá é usadas para os sons graves e parte dos sons médios ou as notas com altura equivalente à metade esquerda do piano.

Há casos em que um trecho de uma determinada música contém notas muito graves ou muito agudas para serem escritas em determinada clave devido ao grande número de linha suplementares que seriam necessárias para escrevê-las. Em tais casos podemos mudar a clave no decorrer da música para facilitar a leitura.



Decorar as notas musicais como são escritas nas diferentes claves é parte essencial do aprendizado musical. Comece decorando as notas escritas na clave de sol. Em seguida decore as notas da clave de fá.

Você poderá decorar as notas da clave de fá com maior facilidade se ao lê-las você lhes der o nome da segunda nota acima da mesma, imaginando que ela estivesse escrita na clave de sol. Por exemplo: Se você estiver vendo uma nota que se estivesse na clave de sol seria um mi, na clave de fá ela será um sol; se você estiver vendo uma nota que se estivesse na clave de sol seria um lá, na clave de fá ela será um dó; se você estiver vendo uma nota que se estivesse na clave de sol seria um si, na clave de fá ela será um ré; e assim por diante. Atenção: Você poderá utilizar este método para decorar as notas da clave de fá, mas, nunca se esqueça de que as notas escritas nessa clave não são mais altas que as da clave de sol, pelo contrário, na realidade elas são muito mais graves.

A princípio você poderá até pensar que será difícil decorar as notas em diferentes claves. Lembre-se, porém, que todos os músicos as conhecem decor e nenhum deles nasceu sabendo. Muitas crianças começam a estudar música ainda bem pequenas e também decoram as notas. Você irá decorá-las também, sem dúvida alguma. Basta que você tenha boa vontade; não dê nenhuma chance para a preguiça.